
percorro as ruas do sentir
estão desertas
porquê percorrê-las
se estão vazias...!!!
vazia(s) de ser
o vento tem asas, asas que trazem e levam,
e continuo…
à espera que o vento faça sentir a brisa em mim
perco-me agora num palco,
sinto a musica que me acompanha,
perco-me nela…
e já vou…
tenho uma bailarina dentro de mim,
que me leva e eleva na dança,
ao nascer do sol,
dançamos juntas,
outrora, éramos três,
lembras-te…
eu pensei ter-me esquecido,
mas o tempo não apaga memórias,
devolve-as ao coração,
o momento do acto com entrega…
quando voltaremos a estar juntos,
teremos outra hipótese, outro momento…
quero dançar contigo,
sentar-me no teu colo,
dar nossas gargalhadas
sermos, nós
continuo a dançar no balanço do silêncio,
conduzida pelo meu ser,
que tanto tem para explodir de amor, de saudade,
raiva de não te sentir,
estás tão perto e longe,
volta, de volta para nós…
rasga, rasgamo-nos um para o outro,
coloco a minhas “sabrinas”,
o palco nos espera,
para podermos,
numa dança contemporânea,
balançar nosso corpo,
flutuar no sentir,
encarnarmos num novo bailado,
encarnar as personagens do passado,
com a maturidade dada pelos ensaios do nosso viver,
desafios fora do palco, desafio ainda maior, neste palco
atrevo-me sempre…
por isso, ainda estou aqui
e, espero “algo” [não espero-te] envolvente, tocante
não fragmentado no momento, no tempo,
com continuidade e energia, vitalidade,
perdurar no tempo, ainda a questão do «tempo»,
eu sei… guardo-me para ti no tempo do que vivemos,
somando o que queremos ainda viver…
quantas músicas ainda estão por dançar?
Hoje é domingo e TU, não estás…
Muitos parabens!
ResponderExcluirSão palavras que nos tocam os corações e nos fazem pensar na vida.
tem uma poeta escondida dentro de si...
Obrigado anónimo,
ResponderExcluirPartilhar o meu sentir com o mundo á algo que me faz sentir Mulher, antes de poeta...
Obrigado(a)