
Uma viola que embala
E apaga o ontem
Surge um registo novo: o agora
Abraçado a ti
Nascem momentos de paz, de ira… de amizade íntima, de harmonia
Transportamo-nos para o espaço
Não é um namoro,
Mas sim fruto de um diálogo entre tu e eu…
As palavras não surgem
Mas a comunicação continua
Surge um grande afecto
Entre os meus dedos, o nosso toque
Respondes ao som dos meus dedos
Movimento perpétuo
Raiz do nosso ser
Entre as seis cordas
Quantos segredos
Quantos mistérios
Transformados em Sol
Uma valsa
Ao fundo o rio sobre a noite
Nós os dois entre fantasias, baladas
Em memória dos sentimentos passados
De um romance,
Um amor inacabado,
Um desejo nunca conseguido,
Um grito que teima em não sair…
Uma vontade de fugir
Um sentimento inútil
Um ser incapaz
Enquanto tudo isto devolves-me o sentir
Quando atingimos o êxtase durante trinta segundos…
O teu nome soa entre o som: a minha viola
Quebra-se o som, ferem-se os sentidos
As seis cordas arrebentam o meu interior
Porque o ego da luxúria se apoderou de ti
Pelo S. fraco de uma violação desenfreada pelo vazio
Pela precocidade vil numa tentativa estéril
De um mero encontro de prazer banal
Dizes “ironia do destino”
Acredito antes, escolher o animal incapaz que está dentro de ti
As seis cordas adormeceram
Porque não sei as notas que me ensinaste
Porque não me deste hipótese de aprender a tocá-las.
[27.05.2009]
E nesse violão toca um cenário de amor...
ResponderExcluir...mas complexo.
ResponderExcluirFora eu uma das seis cordas!
Um beijo.
LUANA: concerteza que sim só o amor possui a criatividade de tudo florescer... e termos coragem de o enfrentar.
ResponderExcluirJOÂO: Se o João fosse uma das seis cordas ela nao se "arrebentaria" por cobardia, amaria de uma forma natural, manteria o som dessa corda para sempre!!!
Um grande abraço aos dois...
...e a melodia não seria esquecida...
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